11 de abril de 2011

Dois de Dezembro

Parada ali contemplando a imensidão daquele céu
tão estrelado, como ela nunca vira antes, ela sussurrou o nome dele
disse para si mesma que jamais o esqueceria.
E não o esquecera.
Durante toda a sua vida o coração dela ficara preso a ele,
desde o momento em que o destino, dos braços dele, a arrancou.
Ele a amava, mas fora jogado dentro de um redemoinho de emoções,
escolhas, precauções, preocupações...
Não deram lhe o tempo para que as palavras necessárias pudessem sair de sua boca.
Dos seus braços ele viu o amor ser arrancado.
E por fim prometera esperar até o dia que esse amor voltaria.
E cumprira a tal promessa, a esperou, contando os dias.
A vida passou, como um longo inverno para aquelas duas almas prometidas uma a outra.
Para seu pobres corações, esse Inverno jamais passaria.
Um dia, céu cinza,
um soldado que acabara de voltar da guerra,
um cachecol que teimara em fugir de sua dona.
Era dois de Dezembro, Ventava muito e nevava também.
Um cachecol atrapalhado voara até um parabrisa...
Um dia, um céu cinza,
O fim do Inverno e um cachecol que de atrapalhado nada tinha.


2 comentários:

  1. "A vida passou, como um longo inverno para aquelas duas almas prometidas uma a outra"

    Totalmente inspirador!!
    Muito lindo, muito lindo MESMO!!
    Parabéns, Bia!!

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  2. cachecois, ah, cachecois.
    otimo, sempre otimo.

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