17 de junho de 2011

O menino que roubava poemas [3]

O menino que roubava poemas [2]
O menino que roubava poemas [1]
Vai demorar muito, perguntara.
Apenas concentre-se em vigiar a porta, foi a resposta que ouvira.
Na mente um turbilhão de sentimentos e o estômago retorcido em vários nós.
Não foi a ele que coube o trabalho sujo e sim ao seu melhor amigo,
que a contra gosto aceitou o pedido e de nariz torcido pois-se a procurar sem saber ao certo o que estava procurando.
Varias fileiras, varias salas, nenhuma certeza.
Que diabos, pensou ele, poderia ser de qualquer uma e poderia não ser nenhuma. Imagine só, todo esse trabalho pra nada e eu nem se quer estou sendo pago pra isso.
Ande logo, exclamou o menino que já não tinha mais unhas para roer e nem tinha como controlar as borboletas que brincavam dentro do seu estômago.
Já, estou ter...Achei!
Tem certeza, indagou com as mãos mais tremulas do que nunca; me diga o nome, eu quero saber quem é, desesperou-se a beira da porta da turma vizinha a sua.
Se aquiete, temos que sair daqui antes que chegue alguém, disse o amigo que a essa altura já tinha saído pela porta e tomado rumo a cantina.
Ele rasgara um pedaço do caderno e o comparava com o poema que o menino o emprestara para a tal missão.
É esta não é? Tenho certeza que é; disse ele entregando os dois papeis para as mãos tremulas do tal garoto.
Sim, é está; exclamou com um brilho nos olhos.
Os dois se entre olharam e sem ensaio se questionaram:
E agora?


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