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13 de junho de 2011
O poeta
quem me dera.
Nunca tive o dom de fingir.
E se acaso tive,
não foi por tempo suficiente para perceber.
Ah, quem me dera.
Fingir a dor que corroe as veias dos amantes.
Fingir o amor que sempre se renova, nunca como antes.
Quem me dera poder ver o desabrochar das palavras;
Te-las em minhas mãos.
Quem me dera poder fazer sentir, só com a imaginação.
Autopsicografia
Fernando Pessoa
O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.
E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração.
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Sem palavras pra dizer, Bia!
ResponderExcluirMe ví nele, mais uma vez! Foi tão sincero, tão bem escrito, tão perfeito!
Parabéns, mais uma vez!
Quem me dera ter a sua inspiração para escrever!! *-*
eu tinha visto sim, rs. Estava pensando em algo significativo pra comentar, e nada me veio além de dizer mais uma vez, que você escreve linda e encantadoramente bem. As palavras brincam e rodeiam nas suas mãos.. talvez isso seja 'ter o dom''.
ResponderExcluirNossa amiga.. sem palavras....
ResponderExcluir......................
nao tem como nao dizer mais uma vez que esta perfeito!!!!
Parabens...
Bianca, teu texto beira a excelência, e ainda homenageia o mestre em sua data de nascimento. cada dia mais surpresa com teu talento! Abraços!
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