31 de outubro de 2018

Ao agridoce Jonghyun

Escrever um texto sobre o Jonghyun sem pisar em ovos é bem difícil. Escrever um texto pra enaltecer o trabalho do Jonghyun sem cair na cilada de colocar o mérito desse trabalho no lugar errado é mais difícil ainda. Jonghyun é dono de dois dos CDs que eu mais tenho escutado esse ano: The collection "Story OP.1" e The collection "Story OP.2". Digo dono porque ele escreveu tudo e "se meteu" em tudo em relação a esses trabalhos, coisa que uma pessoa desinformada não espera de um artista vindo do K-pop. As letras do Jongas falam sobre amor, sobre sair com os amigos e relembrar momentos, sobre passar o dia todo deitado no quarto sem pensar em nada, sobre uma flor... Mas todas em algum momento se voltam para dentro, para as lutas internas que ele tinha com a sua própria memória, com a sua forma de ver o mundo, de ver a si mesmo e de como ele achava que devia/queria ser visto pelos outros. E todas essas letras foram trabalhadas em melodias que conduzem quem está ouvindo a prestar atenção, mesmo não entendendo um A em coreano. Esses dois trabalhos me deixam de queixo caído, feliz e triste: vida agridoce. São de uma sensibilidade que deixam aquela sensação de urgência, quando você sente falta de tudo e de nada. Ao mesmo tempo em que são conforto, são outdoors em neon de tudo que se anseia, que se falta... Jongas era um puta artista, um puta compositor, um puta cantor que não pisava no palco... ele engolia o palco. Ele sabia expressar musicalmente todo o universo dentro dele. Sabia fazer o ouvinte se sentir bem-vindo nesse universo, quase como se convidasse o ouvinte para um chá enquanto mostrava sua coleção de discos e livros. A visão do universo Jonghyun é linda, cativante, suave em meio ao caos, brilhante em meio à própria escuridão. Jongas, “você trabalhou duro. Você fez um bom trabalho.”








Obrigada, @lunadramaland por me incentivar e por revisar o texto ♥








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